Criei este blog focando sempre na questão do vestibular. No entanto, meus queridos, não há como, enquanto educadora que sou, calar em face a esta tragédia que ocorreu na Escola Municipal Tasso da Silveira na cidade do Rio de Janeiro. Fica no peito um choro contido, pois a vontade de continuar lutando é maior do que as lágrimas que não escorrem agora.
A minha luta fica nos bastidores e segue quando estou com vocês em sala seja no PVS ou na Escola Municipal onde leciono.
Cada palavra minha enquanto professora tem a pretensão de servir para o crescimento de vocês não só no campo intelectual.
Um psiquiatra que foi hoje à Rede Globo, disse: "tentem fazer disso, um experiência. Faça do limão, uma limonada". Fora a dor que em mim continua, minha limonada suíça que é batida todos os dias no liquidificador se adoça hoje no Vestibulando da Hora com as seguintes palavras:
Alunos, amigos, alunos amigos, estudem! A passagem de vocês para a universidade e a futura formação profissional de cada um pode vir a ajudar em momentos tristes como esses: ajudar um paciente (médico, enfermeira); trabalhar a saúde mental das pessoas (psicólogo, psiquiatra); levar aos tribunais uma injustiça cometida (advogado); levar informação aos que precisam (jornalista); divulgar algo que vai melhorar nossa vida (publicitário); formar pessoas (professor); enfim, em cada área, se vivida com amor, haverá sempre um meio de contribuir para a sociedade. Usemos o conhecimento para o crescimento da humanidade, não para a nossa destruição. Vamos estudar, os filhos da humanidade precisam de nós. Estudem e vamos mudar o mundo (ainda que o mundo não signifique tudo, mas nós mesmos).
Fica aqui a minha solidariedade às vítimas e a todos que, como eu, estão com a alma triste. E fica aqui também a minha luta, acreditando que a educação (na escola, em casa, na rua) pode transformar não tudo mas a essência de muitas coisas.
Cada palavra do seu desabafo me traz de volta lágrimas de impotência e me faz que refletir que está na hora de unirmos forças para que possamos fazer um algo mais para resgatar a dignidade e o respeito pela vida. Como você, também trabalho com crianças. Alunos entre 3 e 14 anos que estão perplexos e inseguros diante de tanta crueldade.Porém isso nos faz ver que a cada dia mais precisamos lutar para fazer com que essa dura realidade não venha se repetir no meio de nós.
ResponderExcluirBoa semana. Bjs!
Exatamente isso que você disse, Marinete: "resgatar a dignidade e o respeito pela vida". Tomara que isso nunca mais se repita. Uma tragédia, uma tristeza enorme. Meus Deus, quanto horror!
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